...né?

Oi, primavera! A primavera chegou e eu continuo usando meias. Tá fresquinho aqui em SP. Eu, hein! O mundo anda mesmo estranho. Tem gente que ainda não acredita em aquecimento global e muito menos que a Amazônia está em chamas. Andei perambulando por alguns vídeos no YouTube e vendo umas coisas muito loucas, como, por exemplo, médicos dizendo que o flúor diminui nosso QI, que o álcool gel tem micro robôs que já estão se acoplando às nossas células pra gente um dia ser metade humano e metade produto da IA (Inteligência Artificial) e que o coronavírus foi feito num laboratório na China. Socorro, ETs! Cadê a nave? Calma, gentennn! A maioria dos extraterrestres são do bem. Don’t panic! Hoje a gente vai falar sobre um assunto bem normal, tá? Bora falar sobre relacionamentos? Relacionamentos são importantes por duas razões: Carma e Evolução. A gente pode começar falando daquela bobagem da metade da laranja. Tem gente que acha que a outra pessoa vai chegar na vida delas e preencher aquilo que falta, mas it’s not like that. Antes de começar um relacionamento a gente tem algumas coisíneas pra trabalhar. Antes de dividir a vida da gente com alguém aqui na Terra a gente precisa ser inteiro! Pra isso, a gente vai precisar do autoconhecimento, pra saber quais são nossas sombras, quem são nossos fantasmas e também no que a gente é bom. Sim! Pois a gente também tem qualidades. Outra coisa importante é aprender a gostar de ficar sozinho. Quando a gente se conhece melhor é mais fácil conviver com os outros. Outra dica seria não fazer com o outro aquilo que a gente não gostaria que fizessem com a gente, né? É importante também a gente conhecer a história da pessoa pra gente ter condições de se preparar, caso seja necessário, pra ajudar a pessoa se ela solicitar nosso apoio. Ah! Lembrando que nada dura pra sempre. A pessoa chega, passa um tempo com a gente, convive, tem coisas boas, tem quebra-pau e depois que ambos cumpriram o carma cada um toma um rumo diferente… com exceção dos carmas positivos de casais que têm algum merecimento, né? Daí é uma coisa que pode durar forever. Outra coisa é saber respeitar o jeito de ser da pessoa sem querer ficar moldando a pessoa à nossa maneira de fazer as coisas. É importante também desfazer a ideia de posse. Ninguém pertence a ninguém, pessoas não são coisas e amor de verdade só dura quando existe liberdade. É importante não confundir essa liberdade com a mesma liberdade dos relacionamentos abertos. Tem gente que é feliz tendo “relacionamentos líquidos” e a gente não pode julgar. Como terapeuta já vi vários casos assim. Pra um relacionamento ter um certo equilíbrio também se faz necessário ter uma noção de como a outra pessoa pretende passar essa encarnação aqui na Terra, quais são seus objetivos, sonhos e desejos. Seria interessante encontrar uma pessoa com ideias e intenções parecidas com as nossas, intersecções positivas que possam servir de estrutura pra que a coisa toda sobreviva no futuro. Outra coisa importante que já vi bastante nos atendimentos de psicoterapia é a pessoa se anular pra poder caber no mundo da outra. A pessoa passa a não ser ela mesma e o outro acaba dominando o relacionamento. O medo da não-aceitação pelo outro de quem realmente a pessoa é e da solidão faz com que essa pessoa se submeta a viver de acordo com a maneira do outro viver. Isso não é saudável, pois é uma característica de um relacionamento abusivo. É preciso prestar atenção porque às vezes isso acontece de forma inconsciente e a pessoa pode acabar descobrindo tarde demais. Essas foram as dicas do meu ponto de vista profissional, espiritual e pessoal pra quem quer mergulhar num relacionamento nos dias de hoje. A coisa não está fácil. Os relacionamentos andam meio líquidos ultimamente e está cada vez mais difícil encontrar pessoas que se abrem completamente e se doam de fato pra construir uma relação promissora, estável, harmônica e feliz. Parece uma utopia, né? Mas é possível! Tudo é possível quando a gente se engaja de verdade, seja lá o que for. Boa semana e até!

Escultura: "Love" (Alexander Milov / Burning Man 2015)

Fotógrafo: Gerome Viavant

Caroline Corrêa Westphalen

Psicóloga, Terapeuta Holística, Redatora e Colunista.

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