segunda-feira, 9 de setembro de 2019

DEVADASI - UMA TRADIÇÃO MILENAR HINDU PERVERSA





Oi, Vagalumes! Na maioria das vezes escrevo sobre amenidades e tento fazer alguma graça e isso com toda a certeza é um mecanismo de defesa válido. Escrevo assim de propósito com o intuito de deixar a vida mais leve na tentativa de desfocar um pouco das coisas ruins que acontecem no mundo. Mas hoje, infelizmente, vamos falar sério. Tirem crianças e pessoas sensíveis da sala porque a coisa vai ser tensa. Vamos começar fazendo um alerta à questão do suicídio. No ano passado falei algo em relação ao que penso sobre dar atenção ao suicídio apenas em setembro. Penso que não é eficaz porque é uma campanha de curta duração. Segundo dados de 2018, a cada 45 minutos 1 pessoa se suicida no Brasil. O ano inteiro precisa ser amarelo! Esse tipo de campanha deveria ser constante e não só acontecer durante um mês. Se você conhece alguém que precisa de ajuda nesse sentido e a pessoa não tem condições de pagar por uma sessão de terapia o Centro de Valorização da Vida pode ajudar através do número 188. O atendimento está disponível todos os dias 24 horas por dia. Eu avisei que hoje a coisa ia ser meio hard core. Ainda dá tempo de você virar a página e fingir que a vida é bela. Agora vamos sair do nosso umbigo brasileiro e olhar também pras coisas ruins que acontecem, por exemplo, em alguns lugares na Índia há milênios. O negócio é grave e vai além do absurdo. Vamos falar sobre os “resquícios” do Sistema Devadasi, uma tradição hindu milenar que preparava meninas pra uma vida religiosa nos templos, porém com o intuito de servir homens das realezas que visitavam os reinos na Antiguidade. A prostituição na Índia tem sua origem na arqueologia da região da civilização do Vale do Indo, civilização mais difundida do Velho Mundo que existiu entre 3300-1300 a.C. na Era do Bronze. As prostitutas eram consideradas sagradas para os hindus. As devadasis eram as servas de Deus, no caso deles Krishna. Segundo a mitologia indiana, as prostitutas tinham seus lugares nos templos, pois eram religiosas, serviam a Krishna e oravam aos que precisavam de orações. O horror começou quando elas começaram a ser designadas a cortejar os homens das altas castas que visitavam os reinos nos palácios. Elas eram criadas e preparadas desde antes da puberdade pra servirem aos templos e também fazerem o papel de ‘dama de companhia’ pros aristocratas e, também, soldados. As mulheres então começaram a ser vistas como mercadoria, objeto, enfim, commodities. Mas segundo a tal tradição elas eram muito respeitadas (?) porque tinham um papel importante na corte das dinastias. Estamos nos segurando aqui pra não falar mais palavrão, mas está difícil. As famílias indianas, principalmente as do interior, preferem que seus bebês sejam meninos porque hoje em dia um ser humano equilibrado psicologicamente tem certeza que entregar uma menina nas mãos de homens pra que eles possam desopilar livremente um prazer doentio é muito muito muito muito muito muito desumano. Quando o ‘cafetão’ não é o próprio pai, o irmão mais velho faz essa função. Entendam: Esta m**** é uma tradição hindu milenar que sobreviveu em algumas regiões do interior da Índia. Quando as meninas nascem elas já começam a ser preparadas pra isso e os pais são obrigados a fazerem isso pra não sofrerem com represálias ou bullying da sociedade. Além disso, algumas meninas são sequestradas pelo tráfico e forçadas a se prostituírem nos bordéis em cidades maiores como Bangladesh. Queria saber por que a ONU não pode interferir nisso e em que momento essa coisa deixa de ser uma tradição e passa a ser uma maldição... ou um crime contra o ser humano? Com o “advento” do respeito ao ser humano isso não deveria deixar de existir? Segundo a ONG Free A Girl, desde 2008 já foram resgatadas aproximadamente 4 mil meninas da prostituição forçada, mas atualmente estima-se que cerca de 1 milhão de meninas ainda estejam nessa situação. Ainda bem que existem algumas ONGs que estão tentando salvar essas pessoas de um verdadeiro inferno. Enfim, antes de ir gostaria de pedir desculpas pra Michelle Bachelet, ex-presidente do Chile e atual Alta Comissária da ONU para Direitos Humanos pelas ofensas do nosso presidente referidas ao seu pai. Agora toda semana é isso. Há umas duas semanas pedimos desculpas pra Brigitte Macron e pelo jeito que a coisa está indo a gente vai ter que ficar pedindo desculpas pro mundo de hora em hora pelas coisas que ele diz sem pensar. Bebam água, façam caminhadas, sejam bons uns com os outros e cuidem das suas emoções! Beijo, tudo de bom e escrevam aqui o que vocês desejam pra nossa semana ______________________. :)



Imagem: www.missionindia.org.uk (Sarita)


Texto publicado no jornal {A Folha de Torres} no RS.


Caroline Corrêa Westphalen

Psicóloga, Terapeuta Holística, Redatora e Colunista.

CRP 07/19777 | CRTH 0345

Consultório / WhatsApp 11 965844075


Serviços:

www.ca-works.blogspot.com.br

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