sábado, 16 de junho de 2018


Hello, people! Estava aqui pensando no que escrever essa semana e resolvi começar a coluna contando pra vocês como comecei minha vida no fascinante mundo da literatura. Talvez eu já tenha escrito alguma coisa sobre isso há alguns meses mas com certeza a gente já esqueceu... então, vamos falar sobre isso de novo! Kkk! Faz de conta que é uma variação de um mesmo tema. Ohmygod! Bora! Até o Ensino Médio só lia rótulos de produtos e, de vez em quando, algumas Reader's Digest antigas que tinham na biblioteca da escola. Eu estudava numa dessas escolas que vendia conteúdo enlatado que preparava os alunos pro vestibular. Cheguei à triste conclusão de que nunca estudei de verdade enquanto estava na escola… eu achava que tinha dislexia e fingia que estudava. Tentava fazer alguma coisa nas aulas de recuperação de física, química e matemática pra não repitir o ano. Acho que nunca entendi a função de X na matemática da vida. Minha mãe nunca se conformou que eu lia os resumos dos clássicos da literatura só pra passar nas provas. Não sei como sem ler eu tirava nota boa nas redações. Foi Deus ou alguma entidade porque eu era péssima pra organizar os textos e talvez isso aconteça até hoje. Kkk! Nunca me envolvi profundamente com Machado de Assis ou José de Alencar. Lembro que gostei de “Os Maias” do Eça de Queiroz depois de adulta. Acho ele hilário. O primeiro livro que li com animação foi "O "Alquimista" do Paulo Coelho. Gostei muito desse livro porque ele me ajudou a descobrir minha lenda pessoal, ou seja, o caminho que eu deveria seguir na vida... mas quando a gente é adolescente a gente ainda é idiota, então, não tive coragem de fazer Psicologia logo de cara... fiz Comunicação Social e acabei mergulhando 15 anos no incrível mundo da publicidade. Depois da jornada nos meios de comunicação li Maktub, também do Paulo Coelho, e descobri mais coisas sobre escolhas... por exemplo, que o melhor caminho é aquele que traz paz pro nosso coração. Foi quando decidi parar de escrever pra publicidade e fui ser revisora de textos enquanto criava forças pra fazer Psicologia. Ainda lá na época do colegial... ganhei "O apanhador num campo de centeio" do J. D. Salinger da minha mãe. Esse livro é da década de 40... atualmente, cerca de 250.000 cópias são vendidas por ano no mundo. É um livro que fala sobre a angústia e a rebeldia da adolescência... mas ele traz uma mensagem que está além dessa coisa da revolta típica dos adolescentes... esse livro me fez refletir... pra Holden Caulfield, o protagonista da história, "apanhador num campo de centeio" é aquele que impede as crianças de perderem sua inocência e acho que a essência do livro está aí... ele percebe que isso seria impossível de fazer e desiste quando resolve se internar numa instituição pra pessoas com transtornos mentais. Depois me interessei por James Redfield. Li "A Profecia Celestina" e "O segredo de Shambhala". Ambos falam sobre a busca da espiritualidade. Esses livros me mostraram a possibilidade da existência da espiritualidade como uma outra dimensão e também me fizeram compreender que a cura deste mundo está na possibilidade de elevar a frequência vibratória das pessoas através do amor, o que levaria a vida na Terra pra um outro patamar de existência; através de condutas alimentadas pelo nosso lado doce e sensível que influenciariam até mesmo na limpeza da psicosfera. A maioria dos livros que li falavam sobre autoconhecimento, espiritualidade e energia. Me lembrei até do Bhagwan Shree Rajneesh, mas ainda tenho sérias dúvidas em relação a ele... o famoso e idolatrado Osho. Li "A semente de mostarda", "O livro das mulheres" e "Crença, dúvida e fanatismo"... e, aproveitando o ensejo, confesso que assisti o documentário "Wild Wild Country" na Netflix no mês passado... fiquei em estado de choque. Eles registraram a trajetória dele na época em que foi obrigado a deixar a Índia e foi viver em uma comunidade no Oregon (EUA). Segundo informações da Wikipédia, ele precisou deixar a Índia pra tratar um problema sério na coluna. O documentário é de arrepiar os cabelos! Aos amigos e colegas amantes de Osho, assistam e tirem suas conclusões. Mas voltando aos livros... o "lado B" da minha estante literária tem só dois autores. Li Charles Bukowski. Sim, li "Notas de um velho safado" e achei engraçado, mas no fundo triste... esse cara passou a vida sofrendo com a rejeição do pai, a rejeição na escola e também com o rechaço dos críticos literários. Algumas vezes confundiu paixão com amor, mas sempre foi verdadeiro nos relatos do seu cotidiano e, também, em relação aos próprios sentimentos. Muitos acham ele obsceno e marginal porque bebia demais e vivia nos clubes, mas sua escrita tinha influências de Dostóievski, Hemingway e Henry Miller. Escrevia frases pessimistas, curtas e, às vezes, com uma certa raiva do mundo o qual achava cruel. Na escola sofria com uma doença de pele que fez ele abandonar os estudos. Trabalhou como faxineiro, frentista e carteiro. Mais tarde tentou fazer faculdade de jornalismo, mas desistiu. O pai expulsou ele de casa porque não aceitava o que ele escrevia. Ele relatava seu cotidiano no submundo das cidades sem filtro, pois já estava cansado de ter uma vida errante e miserável. Enfim, cada pessoa tem um caminho pra trilhar, seja ele maravilhoso ou não, e esse foi o dele. Ele faleceu em 1994 de pneumonia. Li "On the road" do Jack Kerouac, escritor da geração beatnik dos anos 60. Queria falar dele também mas o espaço ficou curto. Falaremos sobre os beatniks, os hippies e a geração "flower power" num outro momento com certeza. Beijos de luz e uma semana bonita pra todos nós!


Imagem: Culturizando

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