Hoje tô sem inspiração. A vida é assim. Nem todo dia a gente tá aquilo tudo. O jornal sai na sexta, mas eu escrevo pra eles na quarta... tem quarta que eu tô bem, tem quarta que eu tô coisada e tem quarta que eu não tô nada... hoje é um dia desses... é uma sensação de neutralidade. Acho que hoje a inspiração vai precisar de Toddy. Nescau não é da minha época, isso é coisa da Geração Y. I’m from 70’s. Deusmelivre! Faz décadas que parei de me envenenar com isso... troquei o Toddy por uma coisa horrível chamada alfarroba... é caro, mas daí como é ruim demora pra acabar. Mas continuo me envenenando com o flúor que tem na água, com o sorbato de potássio que tem na maioria dos alimentos industrializados e com a sacarina que tem na pasta de dente. A gente vem adoecendo muito nessas últimas décadas por causa dessas coisinhas aí. É! Sad but true! Mas voltando ao que interessa... hoje de manhã tive uma conversa on-line superinteressante com um amigo da terra da garoa. A gente conversou sobre a importância de aceitar o fluxo natural das coisas da vida. Em inglês seria algo tipo “go with the flow”. Os americanos usam muito essa expressão na parte soft dos EUA... na Califórnia. Se quiser dureza a ponto de ter que usar um stent numa veia coronária antes dos quarenta anos vá pra costa leste dos EUA. Voltando... seguir e aceitar o fluxo das coisas parece uma coisa simples de se fazer, mas não é. Isso exige calma, tranquilidade e desapego. A gente precisa parar com essa mania louca que a gente tem de tentar controlar os acontecimentos, as situações e, às vezes, até mesmo pessoas. Zeca Pagodinho há tempos já dizia “deixa a vida me levar”. Aceitar e seguir o fluxo natural da vida é mais ou menos isso. Criar metas e objetivos é uma coisa intrínseca à existência do ser humano, pois sem isso o mundo não teria sentido... a evolução acontece porque a gente tem o desejo de ‘chegar em algum lugar’... mas a gente precisa confiar no tempo de maturidade das coisas, entregar nossa inquietação pro timing do universo e aprender a esperar. Uma dica pra começar a incorporar a paciência, a calma e a resignação dos monges tibetanos... no nível I você pode começar meditando na fila da padaria, depois a gente parte pra algo mais complexo como a fila do mercado no feriado do Carnaval e assim por diante. Kkk! Quem tem pressa come comida crua, né? E, por falar em sushi, lembrei dos chineses. Conheci a China em 2011... Pequim, Xangai e Hong Kong... nunca vou me esquecer da paz que senti na terra do filósofo Confúcio. Os orientais são incríveis porque eles têm uma fórmula infalível pra conquistar uma vida serena. Eles ensinam o seguinte... você deve desejar sempre o melhor, se preparar pro pior e aceitar o que vier. A máxima “aceita que dói menos” é uma verdade maravilhosa. Fazer o que, pae? Nem sempre as coisas são como a gente quer. É aquela velha história... você tá exatamente onde você precisa, com quem você precisa e fazendo o que é necessário pra você evoluir nesse momento da sua vida. O universo coloca a gente no lugar certo pra gente aprender aquilo que é importante pra nossa evolução. Tudo que existe tem um ciclo, nada é eterno, com exceção da consciência. Quando a gente aprende a lição o ciclo termina e uma outra coisa começa na vida da gente. A gente tem dificuldade de aceitar o fim das coisas... o fim de um relacionamento, o fim de um emprego, etc. E é exatamente aí que a vida trava porque a não aceitação do fim de um ciclo bloqueia o fluxo do caminho que a vida precisa fazer. Existem várias formas da gente compreender melhor o motivo pelo qual recomeços são necessários... até mesmo pra nossa saúde mental... e uma delas é fazer terapia. Um psicólogo pode ajudar a gente a perceber o sentido do fluxo da própria vida. A gente precisa sentir quando é a hora de mudar e se aquietar pra escutar nossa voz interior... isso ajuda a gente a perceber a direção que a vida deve tomar... o fluxo natural da vida surge quando a gente aceita os acontecimentos com paz e amor no coração... quando a gente silencia a mente, se conhece melhor e para de tentar controlar o destino o que é pra ser começa a fluir... o segredo tá na aceitação daquilo que a gente recebe... seja bom ou ruim. Isso traz paz e resignação. Tem coisas que a gente não pode mudar, então, a gente precisa aceitar essas coisas como elas são. A energia do controle bloqueia o fluxo natural das coisas. A gente tem dificuldade de se entregar pro fluxo natural da vida porque nem sempre ele traz aquilo que a gente espera. O feriado do Carnaval tá aí e, se por acaso você tiver a sorte de fazer um retiro, deixo então essas coisinhas pra reflexão. Adoro o Carnaval! Ele lá e eu aqui. Me acordem depois que a banda passar! Se beber, não case... não dirija, não faça tatuagem e nem assine documentos! See ya! :)
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