terça-feira, 8 de março de 2022

Tarot & Psicologia







De vez em quando alguém me pergunta: "Por que você também trabalha com tarot se você é psicóloga?" Vou aproveitar a coluna desta quinzena pra falar um pouco sobre o que realmente significam os 22 arquétipos do tarot, que são os arcanos que os terapeutas mais trabalham nas sessões terapêuticas. Pra falar sobre o tarot, a gente vai precisar dar uma volta lá nos primórdios da psicologia. Segundo Sigmund Freud, o inconsciente é onde ficam os processos psíquicos que não se manifestam, os quais aparecem em forma de sintoma mais adiante na nossa vida; é onde ficam nossas questões recalcadas e esquecidas. Na psicologia analítica do psiquiatra suiço Carl Jung, existe também o inconsciente coletivo, que é a camada mais profunda da psique, constituída por imagens, símbolos e arquétipos da história da humanidade, os quais influenciam nossa personalidade. Independente do tipo de psicologia que a gente escolhe pra se tratar, é importante saber que existe a possibilidade de acessar o inconsciente, pois é uma forma de ampliar nossa consciência e manter nosso psicológico saudável. É possível acessar o inconsciente de várias formas. O simples fato de falar sobre nós mesmos abre uma porta pro inconsciente, assim como desenhar, pintar e escrever sobre o que estamos sentindo. O tarot também é uma forma de acessar o inconsciente. O mergulho em nossas profundezas é um ato de coragem, pois encarar nossas questões mais profundas é um dos maiores desafios que se pode enfrentar na vida. A psicoterapia quando realizada com profundidade e a longo prazo, consegue acessar o nosso inconsciente, seja pela associação livre de palavras, desenhos, escritos ou tarot. Essa jornada pra dentro da gente mesmo nos ajuda a nos conhecer melhor, pra que seja possível a gente melhorar em vários sentidos e tornar nossa vida mais leve. Isso é o que damos hoje o nome de autoconhecimento. O tarot é uma ferramenta milenar de autoconhecimento. Os primeiros 22 arcanos são a representação dos arquétipos mais importantes do inconsciente coletivo da humanidade. Cada arquétipo tem luzes e sombras, ou seja, características boas e ruins, defeitos e qualidades. Eles nos representam em cada fase da nossa vida e também na jornada durante o processo terapêutico. O tarot fornece um material bastante rico em relação ao nosso Self durante toda nossa existência, ou seja, ele consegue nos mostrar quem fomos e quem somos agora, e ele auxilia o processo terapêutico do paciente não apenas na sua eficácia, mas também na dinâmica. Jung utilizou o tarot com alguns de seus pacientes e conseguiu acessar as energias que estavam influenciando cada um deles na época. O tarot é uma forma que os terapeutas da Nova Era redescobriram pra acessar o inconsciente de seus pacientes, principalmente, porque é lá que estão armazenadas as situações que envolvem questões as quais nos prejudicam durante toda a nossa vida quando não são revistas e tratadas. Vamos combinar uma jornada arquetípica com o Tarot do Jung pra você se conhecer melhor? Pra quem não está em São Paulo faço atendimento on-line. Atendo de segunda a sábado das 8h às 21h. Beijo e boa semana!

Imagem: Arquivo pessoal

Texto publicado no jornal 'A Folha de Torres' dia 11/03/22.

Caroline Corrêa Westphalen
Psicóloga, Terapeuta Holística e Taróloga.
CRP 07/19777 | CRTH 0345
WhatsApp do Consultório: 11 965844075 

Nostalgias





Os 40 anos são os novos 30. A medicina avançou num grau que se você trabalhar que nem louco sem parar pode pagar em suaves prestações um médico que vai te rejuvenescer até mesmo por dentro. Mas se você não puder apelar pra medicina do super-humano, a gente sabe que nunca foi segredo que é totalmente possível viver até os 100 e poucos anos comendo só coisas que saem da terra, tomando 2 litros de água todo santo dia, caminhando 30 minutos dia sim dia não e meditando 5 minutos de hora em hora. Hoje nosso papo é com os vagalumes dos anos 70 porque de vez em quando a nostalgia merece atenção, néam? Vocês lembram de como era bom jogar Atari comendo aqueles cigarrinhos de chocolate com Fanta Uva? Naquela época os pais achavam bonitinho ver uma criança fingir que estava fumando com aqueles chocolatinhos em forma de cigarro, pois o mundo era politicamente incorreto e não estava nem aí pras crianças imitando os atores que fumavam nos filmes. Ohmygod! A coluna de hoje parece um jogo de memória. A gente fica tentando lembrar como era a vida quando era criança. Nosso maior compromisso era com a Sessão da Tarde. Quem estudava de tarde passava a manhã vendo a Xuxa descer de uma nave. Felicidade era não ter que lavar as mãos de hora em hora ou sair de máscara cirúrgica no sol a pino por causa de um vírus. Era mais saudável e menos perigoso brincar na rua. Será que antigamente a humanidade era mais “inocente”? Hoje em dia algumas crianças não acreditam mais em Papai Noel. O coelho da Páscoa que se cuide! Os empregos eram mais sérios. Hoje em dia as empresas fazem gato e sapato dos funcionários. Acho que essa gíria é da década de 70! Lembro que meus pais tinham carteira assinada com direito a vale-transporte, vale-refeição, plano de saúde e férias anuais. Até o respeito pelo trabalhador virou artigo de luxo. Antigamente as empresas colocavam os funcionários no colo, hoje não mais. E que delícia que era conversar com as pessoas sem que elas estivessem com seus olhos grudados numa coisa chamada celular. As coisas mudaram muito de lá pra cá. O sociólogo Bauman tinha razão. Tudo virou líquido. A escola, a faculdade, o emprego e, pior, as relações. As pessoas passam por tudo isso e parece que quase tudo evapora com o passar dos anos. Elas fazem tudo isso por causa da lei da comprovação universal. Sem escola você não entra numa faculdade, sem faculdade você não consegue um bom emprego e sem relacionamentos profundos você acaba virando uma versão pseudo estóica do aventureiro veneziano Giacomo Casanova. Parece que as pessoas estão desistindo de se aprofundar umas nas outras. Elas não se olham mais nos olhos como antigamente e o contato passou a ser mais raso e, portanto, rápido. Parece que a humanidade está dentro de um jogo no qual a gente não pode ser a gente mesmo, não pode ser vulnerável e não pode demonstrar sentimentos. É uma maratona racional sem fim onde o mais importante é o mundo saber se você atingiu suas metas dentro do contexto de formação acadêmica, profissional, financeira e, por último e só depois que você conseguiu conquistar quase tudo, você começa a pensar em um relacionamento sério. Aí então você vai ser feliz. SQN! Acho que a humanidade precisa repensar algumas coisas e recuperar sua sensibilidade. Talvez por causa de orgulho e preconceito o mundo optou por desenvolver mais razão em vez de sensibilidade. Esse trocadilho eu tirei de dois títulos da Jane Austen. Sobre a variante Ômicron… alguém aí já está imunizado contra isso? Será que vai começar tudo de novo? Shit! Cuidem-se!


Imagem: Arquivo pessoal


Texto publicado no jornal 'A Folha de Torres'.


Caroline Corrêa Westphalen

Psicóloga, Terapeuta Holística e Taróloga.

CRP 07/19777 | CRTH 0345

Consultório / WhatsApp 11 965844075


Tarot & Psicologia

De vez em quando alguém me pergunta: "Por que você também trabalha com tarot se você é psicóloga?" Vou aproveitar a coluna desta q...